quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

“The winner takes it all”

Na vida de todos os dias, nas rotinas, nas relações, no sexo, no emprego, existirão vencedores e vencidos? E como podemos determiná-los? O que faz de uma pessoa comum um vencedor? Serão as conquistas palpáveis, aquilo que podemos ver? Ou será a realização pessoal, o que sentimos, o que guardamos só para nós? E haverá mais que um papel por pessoa ou desempenhamos sempre o mesmo? Sendo vencedores, poderemos ser destronados em qualquer altura ou os lugares são cativos?

Para mim vencer é sentir-me feliz, é ter coragem para continuar mesmo depois da batalha que se perde, é continuar a sorrir quando a vida nos faz chorar. Para mim o que nos faz vencedores é aquilo que somos enquanto pessoas, o que guardamos no coração, a matéria de que somos feitos. Para mim os papeis alteram-se constantemente mas não há vencidos, a menos que desistam de viver. Mas podemos ser vencedores, das nossas lutas interiores ou de qualquer outra batalha que nos proponhamos. Mesmo quando uma batalha se perde não somos vencidos porque a guerra continua para além dos pequenos conflitos. O importante é como os enfrentamos, como sobrevivemos a eles e o que fazemos com cada novo dia.
The Winner Takes It All… Neste novo ano eu quero ser vencedora de mais 365 batalhas que já começaram e estão para durar. Este ano quero um recomeço para mim e para o meu pequeno mundo. Quero continuar a sorrir, mesmo quando os motivos não pareçam existir e quero ver os meus sonhos em prática. Este ano quero tudo o que ainda não vivi mas sem pressas. Este ano quero vive-lo como se não houvesse outro com a certeza, porém, de que muitos mais virão.

Não são resoluções de um novo ano mas antes o sonho de uma vida que precisa ser alimentado, regado, cuidado. Apenas o sonho de muitas vidas, de todas as vidas… Ser feliz e não deixar nada por fazer! Um dia, quando olhar para trás, num fim de ano qualquer, quando parar para pensar na vida passada, quero sorrir com ternura e dizer confiante que tudo foi como devia ter sido, no momento em que devia ter sido. Contratempos… Todos enfrentamos alguns. Desilusões, perdas, saudades, tristezas… o chão que tantas vezes nos foge debaixo dos pés, o céu que não menos frequentemente parece desabar sobre as nossas cabeças, a certeza de que fizemos tudo certo mas tudo corre mal… Todos já experimentamos esses sentimentos e sei, com certeza, que voltarei a experiência-los. Tudo isso importa menos se conseguirmos medir a importância da nossa existência, se pensarmos que temos apenas uma oportunidade para viver bem e que a passagem é curta, rápida.

Este ano não quero sentimentos mesquinhos, invejas, dúvidas existênciais ou hipocrisias… Quero cultivar as amizades verdadeiras, esforçar-me para ser menos desprendida e despreocupada, quero amar muito, quero rir muito, quero sentir o sol todos os dias que ele apareça, quero andar à chuva e atirar bolas de neve, quero dar mergulhos e ver corais, quero enterrar os pés na areia e andar nas nuvens… Este ano eu quero, eu quero, eu quero… Tudo porque eu sou uma optimista e já só faltam 357 batalhas para enfrentar e vencer ;)