Há dias, como hoje, em que me sinto “dormente”… Não porque uma mão ficou toda a noite entalada entre colchão e almofadas mas uma “dormência” geral… Não consigo definir este sentimento que com maior ou menor frequência, me assola. Julgo que estar em stand-by deve ser mais ou menos isto… Como se uma força nocturna nos roubasse toda a energia e deixasse assim… Apáticos, alheios, distantes. Passo pelo dia como se não fizesse parte dele e nem sei porque passo. É um daqueles dias para não sair da cama mas como a sociedade nos exige que estejamos sempre apostos, ainda que não estejamos num dia “social”, aqui estou… A olhar para o computador como se de uma tela branca se tratasse. Ou não… Numa tela branca ainda poderia divagar entre as várias cores da minha paleta, dar-lhes forma, dar-lhes corpo… Não precisaria de mais do que um qualquer pensamento abstracto e um pincel… Aqui estou confinada à apatia dos papeis, à frieza das paredes brancas que me cercam, aos “cliques” sem melodia que o teclado vai emitindo à passagem dos meus dedos.
Nestes momentos deveríamos ter a possibilidade de fechar a porta, ir embora, não querer saber, não atender o telemóvel, conduzir sem pensar, até à praia mais próxima, correr para a beira-mar e ali ficar… Ainda alheia e distante mas calma e pensativa… Pensar é bom e o mar acalma-me o espírito e o corpo… Deixa-me alheia sim mas da vida diária, nem sempre tão motivadora como gostaríamos ou tão garrida como sonhamos. E por isso é bom… pensar, sonhar, divagar e esquecer, ainda que por segundos, o dia-a-dia sempre agitado, apressado e sem tempo que nos impele para futuros que não escolhemos, apenas se foram desenhando, como que com vida própria e sem consentimento expresso de quem tem que os viver!
Hoje é um desses dias em que dava tudo para estar a sós comigo e com o bater das ondas, para esquecer a rotina e viver os sonhos… Para me deixar estar numa qualquer esplanada, com o sol a bater-me na cara e o cheiro a mar!
Nestes momentos deveríamos ter a possibilidade de fechar a porta, ir embora, não querer saber, não atender o telemóvel, conduzir sem pensar, até à praia mais próxima, correr para a beira-mar e ali ficar… Ainda alheia e distante mas calma e pensativa… Pensar é bom e o mar acalma-me o espírito e o corpo… Deixa-me alheia sim mas da vida diária, nem sempre tão motivadora como gostaríamos ou tão garrida como sonhamos. E por isso é bom… pensar, sonhar, divagar e esquecer, ainda que por segundos, o dia-a-dia sempre agitado, apressado e sem tempo que nos impele para futuros que não escolhemos, apenas se foram desenhando, como que com vida própria e sem consentimento expresso de quem tem que os viver!
Hoje é um desses dias em que dava tudo para estar a sós comigo e com o bater das ondas, para esquecer a rotina e viver os sonhos… Para me deixar estar numa qualquer esplanada, com o sol a bater-me na cara e o cheiro a mar!