segunda-feira, 31 de agosto de 2009

OFF

É assim que tenho andado no que respeita a estas lides de Blog, escrita, divagações filosóficas e afins. Tenho andado a repensar a minha existência e a ponderar o que será realmente importante? Será que precisamos mesmo do emprego que temos, do carro melhor, da casa maior, de mais dinheiro na conta bancária? Ou será que o que precisamos mesmo é de encontrar algo que nos realize, que nos faça sentir melhor connosco, que nos permita acreditar que podemos fazer a diferença e que, não sendo possível mudar o mundo, podemos, pelo menos, mudar o nosso pequeno mundo? Será que o único bem essencial não é amar e ser feliz e tudo o resto aparece por acréscimo? Será que tudo aquilo que temos como prioridade máxima, o é realmente?

Vejamos... Passamos 8 horas (no mínimo) a trabalhar e outras 8 horas (dizem os especialistas que deveríamos) a dormir... Aqui já gastamos 16 o que significa que nos sobram apenas 8. Bem, destas 8 temos que retirar a hora de almoço (que é passada em ambiente laboral) e mais uma ou duas para trânsito, encontrar estacionamento e afins... Ficamos com 5 ou 6 horas... Que sejam as 6. Gastamos mais duas a fazer o jantar e a comê-lo... e só já sobram 4. Estas têm que dar para pôr a leitura em dia, namorar, actualizar o Blog, responder a emails pessoais, actualizar o Facebook, pôr a roupa a lavar, estende-la... Ah, para quem tem filhos, ainda tem que dar (ou devia) para passar tempo com eles. A questão é, será que conseguimos passar tempo de qualidade com os filhos, os familiares em geral, os amigos? Será que é humanamente possível, exigirmos de nós esta capacidade extrema de gestão de tempo? Será que nos sobra tempo para o amor?

Voltamos à questão inicial. A que se resume a nossa vida? Será que temos as prioridades bem definidas? Será que temos respeitado a nossa verdadeira vocação ou vendemos a alma a troco de meia dúzia de euros? É isso que tento agora descobrir, para mim, para a minha vida.

Aquilo que construímos para trás, não é nada comparado com o que podemos vir a fazer. Só é precisa a coragem de mudar e de enfrentar a dura realidade: Nem sempre fazemos as escolhas acertadas e isso não tem nada de mal. Qualquer altura é tempo de refazer escolhas e traçar novas metas... Ou metas antigas.