quinta-feira, 25 de junho de 2009

Vazio interior…

Há dias em que sentimos o peito cheio de ar. Não de oxigénio mas de ar, apenas… Um vazio sem explicação com que acordamos e nos arrastamos pelo dia. Sou uma pessoa optimista por natureza e não cedo facilmente aos caprichos da minha alma… Ela sim, por vezes perde-se em devaneios… Eu não. Eu olho a vida de frente, acordo todos os dias com a cereza de que este será um melhor dia, mais feliz… Ainda assim, coisas menos boas acontecem a pessoas de coração aberto, coisas que eu guardo como lições de vida, na minha biblioteca interior. Aprendo sempre, com tudo aquilo porque passo e acho que é assim deve ser mas, também erro, também me engano e também me arrependo. Sempre tive o lema “se me arrepender que seja daquilo que fiz e não o contrário” e tento guiar-me por ele. A única coisa que me lembro de não ter feito é aquela que agora, de tempos a tempos, volta para me assombrar e que já não posso emendar. Não é fácil perdoar-mo-nos, para mim é bem mais fácil perdoar os outros… ainda que nem sempre lhes diga que o fiz.

Há erros que não podemos corrigir… Que isso nos sirva, também, de lição. Todos os dias estamos sujeitos a falhar com as outras pessoas, como elas para connosco. Como podemos esperar o perdão senão conseguimos nós mesmo perdoar?

A minha luta agora é outra… Perdoar-me a mim, por algo que devia ter feito há muito, muito tempo e não fiz… E nunca vou fazer a não ser assim, em palavras soltas, sem rumo nem dono… Perdoar-me porque talvez não pudesse ter sido de outra forma e dar paz à minha pobre alma que anda inquieta.

A saudade sempre volta à nossa porta… Hoje tenho uma saudade maior do que eu.