segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Hoje parei para olhar a minha vida…

Paro um momento para pensar em tudo o que passou… A minha vida está tão cheia de memórias! A minha vida, que parece ainda tão curta, está repleta de lembranças, de encontros e desencontros, de pessoas que chegam e partem, que chegam e ficam… No fundo todas permanecem, em mim. Cada um deixa um pouco de si mesmo, leva um pouco de mim!
Às vezes gosto de lembrar certas coisas que passaram outras vezes, embora não queira, acontece… Há qualquer coisa, uma música, um local de passagem, um acontecimento, que faz despertar a memória… Mas às vezes custa… Custa recordar porque é sinal que passou e a saudade é das maiores dores de alma que podemos ter. Eu não tenho muitas saudades… Tenho dificuldade em ter saudade… Às vezes sinto falta de uma certa companhia ou de um certo sitio, não sei mas não é saudade porque a saudade dói e isto não… Mas por vezes tenho… Mais do que das pessoas, tenho saudades de alguns momentos felizes que vivi e que não voltarei a repetir (ainda que quisesse tentar) porque nada se repete… “A mesma água não passa duas vezes por baixo da mesma ponte”… Assim é o tempo, que não nos deixa voltar atrás! No fundo nada existe, nem o presente! O passado já passou, o futuro ainda está por vir e o presente… O que é o presente senão a transformação do futuro em passado, à sua passagem por nós? Parece uma ideia complexa mas se pensarmos faz muito mais sentido do que julgamos.
Estou cansada que as pessoas entrem e saiam da minha vida, num corrupio frenético, que me tirem a paz a troco de nada, que entrem sem aviso, me queiram a todo o custo, para depois nada restar… Estou cansada do egoísmo humano com que me obrigam a viver! Queria ser um pouco mais assim, mais amarga, mais egoísta… Mas cada um é como cada qual, é o que se diz e quanto a isso, nada há a fazer… Vivo um dia de cada vez e tento valorizar o que fica… E o Sol, esse nasce todos os dias! Quanto mais não seja valorizo isso… E o mar… o som do mar… O cheiro a maresia… O mundo é bonito, se olharmos para ele de frente… Mas às vezes, como hoje, não é fácil!