As prioridades das pessoas, andam por estes dias, completamente às avessas. Antes de se pagarem as contas, vamos às compras, pomos extensões na cabeleira e rumamos a Norte ou Sul, conforme o gosto. Os outros? Aqueles a quem devemos dinheiro? Ora! Esses esperam até que nos “dê na bolha” de pagar, afinal somos todos muito coitadinhos, a crise aperta, o trabalho não chega e não rende e não temos dinheiro. Temos muitos problemas de tudo e mais alguma coisa e não podemos estar preocupados com isso, numa primeira instancia… Ou segunda, ou terceira…
Estou farta! Farta! Farta! Farta!
E afinal – reconheço – eu é que estou mal. Eu é que estou errada. Porque, se formos a ver, este é o culto nacional. Há desemprego mas recusam-se trabalhos porque o que procuramos é um bom emprego. Há crise e o poder de compra baixou mas, a qualquer hora do dia, a qualquer dia da semana, o parque de estacionamento de qualquer Shopping estará cheio e o interior deste não estará menos. Há falta de dinheiro e o custo de vida aumenta, fazemos greves e queixamo-nos muito mas damos dinheiro às crianças, pseudo-pré-adolescentes e adolescentes para andarem a almoçar fora, nos cafés e centros comerciais, para se empanturrarem de porcarias e muita comida de plástico, quando poderiam ter uma refeição completa e saudável, na sua escola, por menos de 1,50€! Os peregrinos vão a Fátima e acham que alguém teria obrigação de nas suas paragens lhes dar cama e comida ou pelo menos (cito) “um copo de água fresca”. Os trabalhadores apontam o governo e a EU mas não se apontam a si. Não reconhecem a sua apatia ou a sua incompetência. E a lista continua… Já não somos um país de brandos costumes, somos um país de “lanzisse” aguda. De não querer olhar para o umbigo próprio mas antes para o alheio. Volto a dizer que, claramente, eu é que estou mal quando me sinto chocada, ultrajada e pasmada com tudo isto. Quando dou por mim a admirar culturas muito diferentes da nossa.
E não vou aqui deitar a baixo o país que já não precisa disso. O país tem muito potencial, estamos na vanguarda de muita coisa, podíamos ter mais se soubéssemos aproveitar melhor os nossos recursos. As pessoas no país – não todas mas uma grande parte – é que não estão a fazer o seu melhor… Ou não estão a fazer nada.
Problemas??? Quem é que não os tem? Aos caros leitores a quem a carapuça estiver a servir na perfeição, sabem por acaso dos meus? Sabem se a mim me faz falta o MEU dinheiro? Sabem se estou bem ou mal de saúde ou de outra coisa qualquer? Não sabem? Claro que não sabem porque eu não preciso de “postar” a minha privada no FB, diariamente. Porque se há coisa para a qual não nasci é para ser vítima, mártir ou coitadinha. Eu não encontro as pessoas e digo: “vai-se andando”, “mais ou menos”, “cá vamos”… Para mim caminha-se para a frente, vamos muito bem e está sempre tudo bem. Porque já dizia a minha avó, tristezas não pagam dividas… Quem as devia pagar é quem tem o calote!
E se com isto feri susceptibilidades, desculpem lá qualquer coisinha mas hoje cansei-me de ser boazinha.
Bom fim-de-semana!
Estou farta! Farta! Farta! Farta!
E afinal – reconheço – eu é que estou mal. Eu é que estou errada. Porque, se formos a ver, este é o culto nacional. Há desemprego mas recusam-se trabalhos porque o que procuramos é um bom emprego. Há crise e o poder de compra baixou mas, a qualquer hora do dia, a qualquer dia da semana, o parque de estacionamento de qualquer Shopping estará cheio e o interior deste não estará menos. Há falta de dinheiro e o custo de vida aumenta, fazemos greves e queixamo-nos muito mas damos dinheiro às crianças, pseudo-pré-adolescentes e adolescentes para andarem a almoçar fora, nos cafés e centros comerciais, para se empanturrarem de porcarias e muita comida de plástico, quando poderiam ter uma refeição completa e saudável, na sua escola, por menos de 1,50€! Os peregrinos vão a Fátima e acham que alguém teria obrigação de nas suas paragens lhes dar cama e comida ou pelo menos (cito) “um copo de água fresca”. Os trabalhadores apontam o governo e a EU mas não se apontam a si. Não reconhecem a sua apatia ou a sua incompetência. E a lista continua… Já não somos um país de brandos costumes, somos um país de “lanzisse” aguda. De não querer olhar para o umbigo próprio mas antes para o alheio. Volto a dizer que, claramente, eu é que estou mal quando me sinto chocada, ultrajada e pasmada com tudo isto. Quando dou por mim a admirar culturas muito diferentes da nossa.
E não vou aqui deitar a baixo o país que já não precisa disso. O país tem muito potencial, estamos na vanguarda de muita coisa, podíamos ter mais se soubéssemos aproveitar melhor os nossos recursos. As pessoas no país – não todas mas uma grande parte – é que não estão a fazer o seu melhor… Ou não estão a fazer nada.
Problemas??? Quem é que não os tem? Aos caros leitores a quem a carapuça estiver a servir na perfeição, sabem por acaso dos meus? Sabem se a mim me faz falta o MEU dinheiro? Sabem se estou bem ou mal de saúde ou de outra coisa qualquer? Não sabem? Claro que não sabem porque eu não preciso de “postar” a minha privada no FB, diariamente. Porque se há coisa para a qual não nasci é para ser vítima, mártir ou coitadinha. Eu não encontro as pessoas e digo: “vai-se andando”, “mais ou menos”, “cá vamos”… Para mim caminha-se para a frente, vamos muito bem e está sempre tudo bem. Porque já dizia a minha avó, tristezas não pagam dividas… Quem as devia pagar é quem tem o calote!
E se com isto feri susceptibilidades, desculpem lá qualquer coisinha mas hoje cansei-me de ser boazinha.
Bom fim-de-semana!