quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um dia comigo...

O ambiente é calmo. Apesar de existirem algumas pessoas espalhadas, o espaço é tão grande que ninguém invade o lugar de ninguém. Nem parece que estou numa praia, em pleno Agosto!

Ao fim de algum tempo decidi, por fim, vir até aqui e deixar-me estar ao Sol, deixar o calor penetrar-me na pele, fechar os olhos e sentir o cheiro a maresia. Não é a mesma coisa vir até aqui durante a semana. São outras pessoas que a frequentam e outra paz que aqui reina. Decidi-me a vir até aqui observar essas pessoas que passam. Vêem-se sobretudo familias – estaram ainda de férias, por certo – alguns grupos de jovens, poucos e algumas pessoas que vêm, como eu, apenas para se encontrarem com o mar e o sol. Quando era mais nova fazia isto mais vezes, ajudava-me a repôr as energias e reencontrar-me. Depois, não sei bem porquê, perdi o hábito. Venho quando tenho companhia, nas férias, ao fim-de-semana... Mas nem todas as praias são como esta e temos sempre algum local preferido.

Porquê que, regra geral, quando nos habituamos a fazer coisas a dois ou em grupo, nos esquecemos que também há programas que podem ser disfrutados “a um”!? E mesmo aqui, não se vêem muitas pessoas sozinhas. Conheço algumas que nem vão ao cinema se não tiverem alguém que vá com elas ou se não tiverem ninguém que queira ver o mesmo filme.

Quando é que nos tornámos pessoas colectivas e deixamos de ser individuos? Será que a sociedade nos fez esquecer de nós mesmos ou será que apenas preferimos ter alguém com quem partilhar todos os momentos do dia?