Embora a maioria dos que por aqui passam julguem que escrevo sobre a minha pessoa, isso nem sempre é verdade. Em geral escrevo sobre aquilo que vejo, que sinto no ar, que presencio ou simplesmente sobre aquilo que julgo serem as preocupações (ainda que não explicitas) da maioria das pessoas. E sim, uma vez por outra, muito de vez em quando, escrevo sobre mim e para mim, sendo que esta última premissa é sempre verdadeira.
Mas hoje é um desses dias em que escrevo “de” mim... Já há algum tempo que andava com dúvidas sobre determinado assunto e agora finalmente lembrei-me de como poderia certificar-me de que estava certa.
Sabem quando querem muito descobrir uma “verdade”, que ainda não sabem se o é mas ao mesmo tempo têm receio porque uma vez descoberta não poderão fechar os olhos e fingir que não viram? Pois é, eu tenho destes impasses e além disso ainda tenho “sensações”, pressentimentos ou lá o que lhe queiram chamar... E em geral, quando tenho dúvidas sobre algo ou alguém e as sinto quase como certezas, é raro descobrir que estava enganada. Não sei se são os pressentimentos que são bons ou a tal certeza que sinto faz as coisas acontecer, o facto é que, posto isto, tenho sempre algum receio de me dedicar às minhas “investigações”.
À parte o facto das verdades muitas vezes nos magoarem, não sou de me ficar à espera do ontem... O medo nunca me impediu e desta não seria diferente. Não sou do tipo “antes uma mentira piedosa que uma verdade que dói”, pelo contrário... Gosto de saber sempre a verdade e detesto que julguem que me podem “comer por parva” (hoje estou muito Margarida Rebelo Pinto e muito pouco Bridget, perdoem-me os leitores).
Para aqueles que possam já estar em ânsias a pensar que está implícita uma critica aos homens (ou “ao” homem), podem acalmar os vossos corações. O casamento está aí à porta e não há tempestade que o abale. E também não está aqui uma crítica às amigas que habitualmente por aqui passam (as que comentam ou que não comentam), nada disso. Existem tantas outras coisas que preenchem a nossa vida, o nosso dia-a-dia agitado. Há tantas coisas que nos fazem correr, perder tempo precioso que poderíamos gastar com pessoas de quem gostamos ou a fazer coisas que nos fazem sentir de bem com a vida... Mas não, a sociedade impele-nos a viver na correria, a desenvolver espíritos capitalistas, a despertar necessidades não tão essenciais quanto isso... Todas as pessoas mudam com a vida, com o passar dos anos e, em geral, isso é bom. Em regra é sinal de que amadureceram, que se tornaram melhores pessoas... Outras não. E depois há pessoa que conseguem ser completamente diferentes nos diversos cenários em que actuam e isto é ainda mais chocante. A ideia de que podemos conhecer como a nós mesmos alguém com que lidamos à anos e que essa mesma pessoa, perante situações distintas pode ser outra, totalmente diferente... não é chocante, é assustador e deixa-nos um pouco perdidos...
Será que já não se usa ser frontal, directo, correcto e transparente com todas as pessoas e não apenas com quem interessa ou quando interessa?
Será que há valores que passaram de moda?
Será que nos dias que correm temos sempre que manter ambos os pés atrás, com todas as pessoas?
Talvez esteja a ser dura demais. Talvez as coisas não possam ser tão lineares, tão “a preto e branco”. Talvez eu esteja errada e demode. Não sei! A única coisa de que estou certa é que descobri algo que me desiludiu e que vou ter que fazer alguma coisa. Provavelmente serei a única prejudicada mas prefiro deparar-me com uma página em branco e reescrever tudo, do que tentar apagar o que sempre ficará “esborratado”... Porque simplesmente há sapos que não consigo engolir!
Agradeço as vossas opiniões... O que fariam se se deparassem com uma descoberta que, não sendo directamente convosco, influência a vossa vida e demonstra uma enorme falta de consideração por vós? O que fariam se uma tomada de posição, um “eu sei e não me vou calar”, um “basta, estou farta”, implicasse mudarem a vossa vida e a forma como ela está estruturada? O que fariam?
Beijos, kel.
Mas hoje é um desses dias em que escrevo “de” mim... Já há algum tempo que andava com dúvidas sobre determinado assunto e agora finalmente lembrei-me de como poderia certificar-me de que estava certa.
Sabem quando querem muito descobrir uma “verdade”, que ainda não sabem se o é mas ao mesmo tempo têm receio porque uma vez descoberta não poderão fechar os olhos e fingir que não viram? Pois é, eu tenho destes impasses e além disso ainda tenho “sensações”, pressentimentos ou lá o que lhe queiram chamar... E em geral, quando tenho dúvidas sobre algo ou alguém e as sinto quase como certezas, é raro descobrir que estava enganada. Não sei se são os pressentimentos que são bons ou a tal certeza que sinto faz as coisas acontecer, o facto é que, posto isto, tenho sempre algum receio de me dedicar às minhas “investigações”.
À parte o facto das verdades muitas vezes nos magoarem, não sou de me ficar à espera do ontem... O medo nunca me impediu e desta não seria diferente. Não sou do tipo “antes uma mentira piedosa que uma verdade que dói”, pelo contrário... Gosto de saber sempre a verdade e detesto que julguem que me podem “comer por parva” (hoje estou muito Margarida Rebelo Pinto e muito pouco Bridget, perdoem-me os leitores).
Para aqueles que possam já estar em ânsias a pensar que está implícita uma critica aos homens (ou “ao” homem), podem acalmar os vossos corações. O casamento está aí à porta e não há tempestade que o abale. E também não está aqui uma crítica às amigas que habitualmente por aqui passam (as que comentam ou que não comentam), nada disso. Existem tantas outras coisas que preenchem a nossa vida, o nosso dia-a-dia agitado. Há tantas coisas que nos fazem correr, perder tempo precioso que poderíamos gastar com pessoas de quem gostamos ou a fazer coisas que nos fazem sentir de bem com a vida... Mas não, a sociedade impele-nos a viver na correria, a desenvolver espíritos capitalistas, a despertar necessidades não tão essenciais quanto isso... Todas as pessoas mudam com a vida, com o passar dos anos e, em geral, isso é bom. Em regra é sinal de que amadureceram, que se tornaram melhores pessoas... Outras não. E depois há pessoa que conseguem ser completamente diferentes nos diversos cenários em que actuam e isto é ainda mais chocante. A ideia de que podemos conhecer como a nós mesmos alguém com que lidamos à anos e que essa mesma pessoa, perante situações distintas pode ser outra, totalmente diferente... não é chocante, é assustador e deixa-nos um pouco perdidos...
Será que já não se usa ser frontal, directo, correcto e transparente com todas as pessoas e não apenas com quem interessa ou quando interessa?
Será que há valores que passaram de moda?
Será que nos dias que correm temos sempre que manter ambos os pés atrás, com todas as pessoas?
Talvez esteja a ser dura demais. Talvez as coisas não possam ser tão lineares, tão “a preto e branco”. Talvez eu esteja errada e demode. Não sei! A única coisa de que estou certa é que descobri algo que me desiludiu e que vou ter que fazer alguma coisa. Provavelmente serei a única prejudicada mas prefiro deparar-me com uma página em branco e reescrever tudo, do que tentar apagar o que sempre ficará “esborratado”... Porque simplesmente há sapos que não consigo engolir!
Agradeço as vossas opiniões... O que fariam se se deparassem com uma descoberta que, não sendo directamente convosco, influência a vossa vida e demonstra uma enorme falta de consideração por vós? O que fariam se uma tomada de posição, um “eu sei e não me vou calar”, um “basta, estou farta”, implicasse mudarem a vossa vida e a forma como ela está estruturada? O que fariam?
Beijos, kel.