(PT) Novo post na "chafarica aqui do lado"... Um Blog que começou com o gosto por moda e como uma forma de partilhar mais sobre aquilo que faço (styling e consultoria de imagem) e que aos poucos tomou o lugar da "Alegria", essencialmente por falta de tempo para gerir tudo. Agora encontra-se em mudança, numa tentativa de juntar todas as vertentes que me compõem como pessoa e profissional... Em breve haverá novidades nesse sentido. Por agora, deixo-vos com este novo post que por lá mora... Intimista, revelador, atípico para mim. Foi um post difícil de escrever e que há muito está à espera de ser publicado. Achei que hoje era o dia. Um pouco mais sobre mim, num texto de coração aberto que marca uma viragem naquilo que tem sido este Blog... Para melhor (espero), com uma abordagem verdadeira, sincera, sem máscaras. A minha vida tem sido de mudança, transformação e constante adaptação... Achei que faria sentido que esta minha casa virtual acompanhasse esta demanda. Espero que gostem. Até breve!
(EN) New post on my fashion blog... A Blog that began with a taste for fashion and as a way to share more about what I do (styling and image consulting) and gradually took the place of "Alegria" essentially for lack of time to manage them both. Now it is also changing in an attempt to bring together all the strands that make up me as a person and as a professional... Soon there will be news in this regard. For now, I leave you with this new post that lives there already... Intimate, revealing, atypical for me. It was a difficult post for me to write and one that has long been waiting to be shared. I thought this was the day to do it. A little more about me in an open hearted text that marks a turning point in what this Blog has been... For better (hopefully), with a more truthful, sincere approach, without masks. My life has been one of changes, transformation and constante adaptation... I thought it would only make sense that my virtual home accompanies this demand. I hope you like it and I'll see you soon!
*for more English. please scroll down. Thank you! |
Alguma vez se sentiram emperrados? Presos a um sitio, num momento ou apenas dentro da vossa cabeça, enleados nos vossos pensamentos? Aquele sentimento interior, como que paralisados, incapazes de prosseguir? É assim que me tenho sentido ultimamente e por isso, como devem ter reparado, o Blog tem andado um pouco parado. Este post, hoje, é bastante incomum para mim. Não que eu seja pouco verdadeira convosco mas antes porque sou habitualmente uma pessoa bastante reservada. E agora muitos estarão a pensar que ou endoideci ou estou a brincar porque, afinal de contas, sou blogger. Verdade? A realidade é que sim, sou blogger mas isso não resume tudo aquilo que sou ou faço. E eu sempre fui muito reservada, desde que me lembro de mim como gente e as minhas primeiras memórias remontam aos meus 3 anos. Eu guardo os meus problemas para mim, falo pouco da minha pessoa ou das minhas coisas. Não que tenha algo a esconder mas antes porque gosto de ser uma pessoa feliz, alegre, positiva, que projecta boas energias. Não gosto de ser aquela que tem sempre algo de errado a acontecer na sua vida, aquela mulher depressiva que tem sempre um comentário negativo ou algum desastre pessoal para partilhar. Também sempre tive dificuldade em fazer conversa só por fazer - conversas sobre o tempo ou outras que tais não me saem naturalmente. Tenho orgulho em ser como sou e sempre fui tímida na partilha da minha vida, apenas fui melhorando as minhas habilidades sociais à medida que fui crescendo. Mas tenho-me vindo a aperceber que apesar de todos fingirem gostar do "bom companheiro", na realidade todos o invejam porque acreditam que nada de errado acontece na vida desta pessoa e por isso é que é como é. Sendo uma pessoa privada e confiante, nunca me preocupei demasiado com aquilo que os outros pensam a meu respeito mas, há algum tempo atrás, dei por mim a ponderar "o que há para invejar"? e de repente percebi que a maioria das pessoas que conheço ou que me seguem, não me conhecem de todo. Naturalmente que a responsabilidade disto recai inteiramente sobre mim. E por essa razão, com grande dificuldade e a sentir-me razoavelmente constrangida e sem saber bem por onde começar, decidi partilhar convosco um pouco da minha história. Não sobre moda, estilo ou tendências, apenas sobre mim e o caminho que me conduziu a onde me encontro. Aqui vai...
Gostava de fazer deste um post curto e conciso mas, à medida que vou escrevendo, não estou certa de como consegui-lo. Darei o meu melhor. Desde criança, tenho mudado muitas vezes de cidade, pelo que, são muito poucos os amigos que tenho que posso considerar verdadeiros e leais. Porém, tenho a grande sorte de poder dizer que o meu marido é o meu melhor amigo e sinto-me muito abençoada por isso. Também a minha família (embora pequenina) tem estado presente nestes momentos mais difíceis. O meu pai saiu de casa quando eu tinha 12 anos o que, naquela altura, nos deixou numa situação financeira muito complicada. Não que a vida até aí tivesse sido particularmente folgada mas ficámos pior. Foram tempos difíceis mas a minha mãe conseguiu trazer-nos a bom porto. Foi uma mulher coragem sem o saber.
Cresci depressa demais e habituei-me a nunca pedir nada, nunca quis sobrecarregar a minha mãe com mais do que ela já tinha que lidar. Habituei-me a guardar tudo para mim, todos os problemas e nunca fazer queixas. Em casa sempre ajudei em tudo, pois sabia que se eu fingisse não ver as tarefas, sobrava mais para a minha mãe fazer. Este é um código de valores que estabeleci para a minha vida e que até hoje sigo - não deixar para os outros, tarefas que eu posso fazer. Enfim... Só consegui realmente perdoar o meu pai, por nos ter deixado, quando já era mulher e nessa altura não falávamos pelo que nunca tive oportunidade de lho dizer, já que morreu há alguns anos. Bem, enviei-lhe em tempos uma carta mas quando me capacitei que nunca mais ouviria a sua voz, uma carta pareceu-me tão insignificante. A permanência que a morte nos impõe muda a forma como vemos um sem-número de coisas, dá-nos perspectiva e uma certa clareza de espirito, muitas vezes tarde demais. Mas também isto nos ensina - ensina-nos que somos todos humanos e ninguém está acima da possibilidade de errar, ensina-nos que todos são dignos de perdão, sobretudo, ensina-nos tolerância. Adiante... Durante mais de 7 anos eu estive doente, constantemente anémica, tentando sempre manter a vida quotidiana inalterada, ainda que tantas vezes mal tivesse forças para sair da cama. Foi difícil manter a aparência de uma jovem saudável, foi sobretudo difícil acompanhar o estilo de vida dos amigos daquela época mas, por estranho que vos possa parecer, a maior parte deles nunca soube de nada do que aqui vos conto hoje (este texto será também uma grande revelação para muitas das pessoas que me conhecem e que eventualmente o venham a ler). Tive cancro e foi-me retirada a tiróide e o útero. Neste período fui sujeita a uma transfusão de sangue, mais tratamentos do que consigo já ter memória, uma embolização das artérias uterinas, seis grandes cirurgias, vários internamentos e um tratamento por iodo radioactivo que me forçou a um isolamento total de 4 dias e mais quatro ou cinco dias de isolamento parcial. Felizmente, nos piores anos que passei, pude contar com o apoio incondicional do meu marido que é, sem sombra de dúvida, um grande homem e agora, finalmente, encontro-me bem. Psicologicamente não sei se já ultrapassei tudo, desde a minha pré-adolescência (na altura nem havia nome para esta faixa etária!) que me treinei para ser forte, reservada, guardar os problemas para mim e habituei-me a lidar com eles sozinha. Não sou aquela mulher que corre a desabafar com as amigas já que a maior parte da minha vida eu passei a mudar de amigos, por força das circunstâncias. Por isso, não estou certa se já terei colocado tudo para trás das costas ou se é o meu mecanismo de querer ser forte por todos à minha volta a funcionar mas, de um modo ou de outro, estou a lidar com tudo da melhor forma que conheço, sem complicar mais do que é preciso e com pensamento positivo. Durante todo este processo eu tive muitos momentos "eureka", deixei um emprego que me fazia infeliz, deixei que o meu marido entrasse na minha vida, quebrando assim um ciclo de maus relacionamentos e estou tão grata por isso; mudei completamente o curso da minha carreira e decidi aprofundar os meus conhecimentos de Consultoria de Imagem e Personal Styling, em que hoje tenho uma pós-graduação. Uma área que na altura me apaixonou e continua a apaixonar, apesar de ser pouco acreditada ou valorizada em Portugal e apenas com cunhas alguém se torna verdadeiramente conhecido deste panorama nacional. Para mim, como não cresci neste meio, significa que tenho de me esforçar e lutar em dobro e mesmo assim sem garantia de alcançar o objectivo. Não estou a lamentar-me... de nada. Consegui ficar em paz com tudo o que me foi acontecendo ao longo dos anos e acredito verdadeiramente que tudo acontece por uma razão e que o Universo só nos dá aquilo com que conseguimos lidar. E se era mesmo preciso que tudo isto acontecesse a alguém, então já está e ainda bem que foi comigo e não com outra pessoa. Afinal de contas, somos feitos de tudo o que compõe o nosso percurso. Se a minha vida tivesse sido diferente, eu seria também, com toda a certeza, uma pessoa diferente. E eu gosto do caracter, dos valores e da perspectiva de vida que desenvolvi através de tudo isto. Eu sou uma pessoa alegre porque me recuso a deixar afundar naqueles que foram momentos menos positivos, simplesmente os aceito como parte integrante de um processo, tento ao máximo aprender o que quer que seja que esses momentos vieram para me ensinar e sigo em frente. Nem sempre é fácil, há dias em que é mais difícil puxar-mo-nos para cima e obrigar-mo-nos a voltar ao trilho que para nós traçámos mas isso tem mesmo que partir de dentro de nós próprios. Imaginávamos que com uma determinada idade já teríamos alcançado outras metas, ou somos forçados a abrir mão de alguns sonhos que tínhamos quando mais novos... às vezes isso faz-nos rever prioridades e perceber que talvez não quiséssemos assim tanto algumas coisas; outras há que nos deixam algum vazio por preencher. É por vezes nestes vazios que o Blog acaba por ficar um pouco para trás, muitas vezes porque não quero partilhar coisas que me parecem privadas, o que acaba por me levar a não publicar nada por também não querer ser menos verdadeira. É numa destas fases que me encontrava quando decidi fazer uma pausa e ao mesmo tempo, repensar para onde vou e o que quero com este espaço virtual. Acredito que somos todos feitos de energia e por isso, recebemos a energia que projectamos para o Universo. Foi por esta razão que nunca quis dar voz àquilo que se passava comigo, preferindo sempre dizer "está tudo bem", em vez de me alongar em explicações. Por tudo isto e tanto mais que não posso continuar a acrescentar a este já tão longo desabafo, não compreendo a inveja. Nunca sabemos o que se passa à porta fechada, por detrás de um post num blog, por detrás de um sorriso feliz numa fotografia no Instagram... Talvez esta pessoa que vêem tenha apenas uma maior capacidade de sorrir através das adversidades, talvez apenas tenha uma maior capacidade de se agarrar às coisas boas que existem na vida (para mim, o nascimento dos meus sobrinhos, o meu casamento, fazer algo que adoro, ter uma família louca que está sempre ao meu lado, a minha bebé-cadela-Chanel, viajar, passeios na praia, nasceres do sol e pores do sol, um copo de um bom vinho, a lista continua) e isso não é digno de inveja, é motivo para partilharmos da sua alegria e ficarmos felizes.
Dito isto, tenho andado a trabalhar arduamente em reencontrar o meu foco e a minha inspiração para fazer deste um melhor ano para o Blog, para mim e para vocês que me lêem. Estou a trabalhar em melhorar a qualidade do que aqui publico em detrimento da quantidade. Tive que fazer uma escolha e porque acho que vocês merecem o melhor de mim, escolho a qualidade. E com a chegada de Março chegará também a Primavera que eu conto seja uma época de renovação e espero realmente que a vossa paciência e compreensão sejam recompensadas e que apreciem esta mudança de direcção.
Esta é então uma pequena parte da minha vida, uma parte muito privada que estou agora a partilhar convosco. Espero realmente que apreciem a possibilidade de ficar a conhecer-me um pouco melhor porque esta foi, para mim, uma decisão difícil de tomar e um texto muito difícil de escrever e partilhar. Agradeço-vos, com todo o meu coração, o facto de me lerem.
Obrigada. Até breve, Raquel.
Gostava de fazer deste um post curto e conciso mas, à medida que vou escrevendo, não estou certa de como consegui-lo. Darei o meu melhor. Desde criança, tenho mudado muitas vezes de cidade, pelo que, são muito poucos os amigos que tenho que posso considerar verdadeiros e leais. Porém, tenho a grande sorte de poder dizer que o meu marido é o meu melhor amigo e sinto-me muito abençoada por isso. Também a minha família (embora pequenina) tem estado presente nestes momentos mais difíceis. O meu pai saiu de casa quando eu tinha 12 anos o que, naquela altura, nos deixou numa situação financeira muito complicada. Não que a vida até aí tivesse sido particularmente folgada mas ficámos pior. Foram tempos difíceis mas a minha mãe conseguiu trazer-nos a bom porto. Foi uma mulher coragem sem o saber.
Dito isto, tenho andado a trabalhar arduamente em reencontrar o meu foco e a minha inspiração para fazer deste um melhor ano para o Blog, para mim e para vocês que me lêem. Estou a trabalhar em melhorar a qualidade do que aqui publico em detrimento da quantidade. Tive que fazer uma escolha e porque acho que vocês merecem o melhor de mim, escolho a qualidade. E com a chegada de Março chegará também a Primavera que eu conto seja uma época de renovação e espero realmente que a vossa paciência e compreensão sejam recompensadas e que apreciem esta mudança de direcção.
Esta é então uma pequena parte da minha vida, uma parte muito privada que estou agora a partilhar convosco. Espero realmente que apreciem a possibilidade de ficar a conhecer-me um pouco melhor porque esta foi, para mim, uma decisão difícil de tomar e um texto muito difícil de escrever e partilhar. Agradeço-vos, com todo o meu coração, o facto de me lerem.
Obrigada. Até breve, Raquel.
Do you ever feel stuck? Stuck in a place, a moment or just stuck inside your head? That feeling inside as if you were frozen, unable to move. That's how I have been feeling lately and that's why, you must have noticed, the Blog has been running slow. This post, today, is quiet unusual for me. Not that I am untruthful to you, just that I'm a very private person. And now you are probably thinking that I'm either crazy or making fun of you, I'm a blogger, right?! Truth is that I am a blogger but that's not all that I am. And I have always been a private person, I keep my problems to myself, I don't talk to much about me or my stuff. Is not that I have something to hide, is just that I like to be happy and cheerful, positive, projecting good energy. I don't like to be that person that always has something wrong in her life, that depressing self that always has a negative comment or a disaster to share. I take pride in being me and I have always been shy on sharing my life, I just perfected my social skills growing up. But I've came to realize that even though everyone pretends to like the "jolly good fellow", everyone really envies the guy! Everyone seems to think that nothing is wrong and nothing bad happens to you and that's why you are happy and positive. Being a private, confident person, I don't usually care about what other people think but a while back I found myself wondering "what is there to be jealous of"!? and it stricken me that most people I know or that follow me, don't know me at all. And that is obviously on me. So, struggling and feeling really awkward, I decided to tell you a little bit of my story. Not about fashion or style, nor trends, just me. Here goes nothing...
I wish I could make this a short and concise entry but, as I write, I'm not sure how to make that happen but, I'll do my best. Ever since I was a kid I've been moving from town to town, I don't really have that many true, loyal friends but I am lucky enough that my husband is my best friend and for that I feel very blessed. Also, my family (even though, small) has always been their for me in the hardest moments. My father left us when I was 12, we barely had money, actually, we've struggled most of the time, even when he was around, because he was very inconsistent and unstable. I could only really forgive him for leaving us when I was a grown woman and we weren't really talking by then so I never really got the chance to tell him, since he died a few years ago. Well, prior to his death, I wrote him a letter but once it sank in that I would never hear his voice again, a letter didn't seem nearly enough. The permanence death pleads changes our way of thinking, it gives us perspective and a certain enlightenment but, to little to late, most times. But this too is a lesson on tolerance and the importance of forgiveness. Anyhow... For 7 plus years I was sick, I was constantly anemic, I always tried my best to keep my life going, even though most of the times I barely had the strength to role out of bed. It was hard to keep up with everything, especially my friends lifestyle at the time, but oddly enough, most of them never knew about any of this (so, it's a grand reveal for most people I know, as well). Also I had cancer and had my thyroid and my uterus removed. During this time I was subjected to a blood transfusion, more treatments than I can count, an uterine artery embolization, 6 major surgeries and a radioactive iodine treatment which had me completely isolated for four days and partially isolated for another four or five days. Luckily my husband, who is a great men, stand by me through the worst years of it and now I finally seem to be ok. Psychological I'm not sure if I'm already over it all, since I was in my early teens I taught myself that I had to be strong, I didn't want to burden my mother with more that she already had on her plate (which was a lot) so I kept everything to my self. I'm not the kind of woman that vents with her girlfriends, most of my life I was changing friends, making new friends and maybe because I was frequently new at a place, it was always easier to make friends with boys - they just want to know the new girl without prejudice. So I'm not quiet sure if I'm over it or if this just me, being strong for everyone around me. Either way, I'm dealing with it the best I know how, which is, not over complicating and positive thinking. Through this all process, I had many breakthroughs, I quit a job that made me miserable, I let my amazing husband into my life (for quiet some time I seem to only attract the wrong kind of man and was able to break the cycle, which I'm so grateful for), I change careers entirely and studied Image Consulting and Personal Styling, which is something that I felt (and still do) passionate about. However, in Portugal this is a area of expertise that is still very unappreciated and not credited. The few people that are able to make a good living out of it are the ones with personal acquaintances in magazines and the fashion scenery. As I wasn't raised anywhere near this glamours world, I have to hustle and struggle twice as hard. I'm not crying on your shoulder or cursing my life. I made peace with everything that has happened to me, I do believe that everything happens for a reason and that the Universe only gives you what you can take. And if anyone had to go trough it all, best that it was me. After all, it is all that has happened in my life that made me who I am. So I feel very blessed for all the good things I have, my family, my current health, my career, I try my best to value and appreciate every small joy. I take pride in being a joyful person and I am joyful, because I don't let myself drawn in the less pleasant moments of life, I just accept them, try my best to learn whatever lesson that moment was suppose to teach me and move on. It's not always easy, some days it's harder to cheer yourself back on track but it really has to come from you, from within. We thought that by a certain age we would already had achieve other goals, or we feel forced to let go of some of our young age dreams... sometimes that is helpful, makes us review our priorities and understand that maybe we didn't want those things that much; other times they just leave a void. And it is in this unfilled gaps, that the blog falls behind. Many times because I don't feel like sharing stuff that I believe is too private and because I also don't wish to be untruthful, I end up sharing nothing. It was one of these moments that I had when I decided to take a break and at the same time, rethink where I'm going and what do I want for this virtual space. I believe we are all made of energy and therefore receive the energy we project to the Universe. It was for this reason that I never wanted to give voice to what was going on, preferring to state that "all is well" rather than to dwell on explanations. For all this and so much more than I can keep writing, because this is already such a long entry, I don't understand jealousy. You never really know what's going on behind closed doors, behind a blog post, being a bright smile on an Instagram photo... Maybe this person just has a greater ability to smile through it all, maybe he/she is just better at holding on to the good things in life (for me, things like the birth of my nephews, my marriage, doing something I love for a living, having a crazy family that is by my side, my baby-dog-Chanel, traveling, walks on the beach, sunsets and sundowns, a glass of a good wine, the list goes on and on) and that's not motive for envy it is reason enough to share the joy and be happy for her.
This being said, I have been working hard on regaining my focus and my inspiration, to make this a better year for the Blog, myself and you guys, that read me. I'm working on improving the quality of what I post, even though that will reduce quantity but, I had to choose one or the other and I do believe that you deserve the very best, so I chose quality. And with March comes Spring, so I'm hoping this will be a season of renewal and I really hope the waiting will be worthwhile and that you enjoy it.
So, this is a small part of my life, a very private one, that I am letting you in. I really hope that you appreciate knowing me a little bit better, because this was really a hard thing for me to do and I thank you, from the bottom of my heart, for reading me without judging.
I wish I could make this a short and concise entry but, as I write, I'm not sure how to make that happen but, I'll do my best. Ever since I was a kid I've been moving from town to town, I don't really have that many true, loyal friends but I am lucky enough that my husband is my best friend and for that I feel very blessed. Also, my family (even though, small) has always been their for me in the hardest moments. My father left us when I was 12, we barely had money, actually, we've struggled most of the time, even when he was around, because he was very inconsistent and unstable. I could only really forgive him for leaving us when I was a grown woman and we weren't really talking by then so I never really got the chance to tell him, since he died a few years ago. Well, prior to his death, I wrote him a letter but once it sank in that I would never hear his voice again, a letter didn't seem nearly enough. The permanence death pleads changes our way of thinking, it gives us perspective and a certain enlightenment but, to little to late, most times. But this too is a lesson on tolerance and the importance of forgiveness. Anyhow... For 7 plus years I was sick, I was constantly anemic, I always tried my best to keep my life going, even though most of the times I barely had the strength to role out of bed. It was hard to keep up with everything, especially my friends lifestyle at the time, but oddly enough, most of them never knew about any of this (so, it's a grand reveal for most people I know, as well). Also I had cancer and had my thyroid and my uterus removed. During this time I was subjected to a blood transfusion, more treatments than I can count, an uterine artery embolization, 6 major surgeries and a radioactive iodine treatment which had me completely isolated for four days and partially isolated for another four or five days. Luckily my husband, who is a great men, stand by me through the worst years of it and now I finally seem to be ok. Psychological I'm not sure if I'm already over it all, since I was in my early teens I taught myself that I had to be strong, I didn't want to burden my mother with more that she already had on her plate (which was a lot) so I kept everything to my self. I'm not the kind of woman that vents with her girlfriends, most of my life I was changing friends, making new friends and maybe because I was frequently new at a place, it was always easier to make friends with boys - they just want to know the new girl without prejudice. So I'm not quiet sure if I'm over it or if this just me, being strong for everyone around me. Either way, I'm dealing with it the best I know how, which is, not over complicating and positive thinking. Through this all process, I had many breakthroughs, I quit a job that made me miserable, I let my amazing husband into my life (for quiet some time I seem to only attract the wrong kind of man and was able to break the cycle, which I'm so grateful for), I change careers entirely and studied Image Consulting and Personal Styling, which is something that I felt (and still do) passionate about. However, in Portugal this is a area of expertise that is still very unappreciated and not credited. The few people that are able to make a good living out of it are the ones with personal acquaintances in magazines and the fashion scenery. As I wasn't raised anywhere near this glamours world, I have to hustle and struggle twice as hard. I'm not crying on your shoulder or cursing my life. I made peace with everything that has happened to me, I do believe that everything happens for a reason and that the Universe only gives you what you can take. And if anyone had to go trough it all, best that it was me. After all, it is all that has happened in my life that made me who I am. So I feel very blessed for all the good things I have, my family, my current health, my career, I try my best to value and appreciate every small joy. I take pride in being a joyful person and I am joyful, because I don't let myself drawn in the less pleasant moments of life, I just accept them, try my best to learn whatever lesson that moment was suppose to teach me and move on. It's not always easy, some days it's harder to cheer yourself back on track but it really has to come from you, from within. We thought that by a certain age we would already had achieve other goals, or we feel forced to let go of some of our young age dreams... sometimes that is helpful, makes us review our priorities and understand that maybe we didn't want those things that much; other times they just leave a void. And it is in this unfilled gaps, that the blog falls behind. Many times because I don't feel like sharing stuff that I believe is too private and because I also don't wish to be untruthful, I end up sharing nothing. It was one of these moments that I had when I decided to take a break and at the same time, rethink where I'm going and what do I want for this virtual space. I believe we are all made of energy and therefore receive the energy we project to the Universe. It was for this reason that I never wanted to give voice to what was going on, preferring to state that "all is well" rather than to dwell on explanations. For all this and so much more than I can keep writing, because this is already such a long entry, I don't understand jealousy. You never really know what's going on behind closed doors, behind a blog post, being a bright smile on an Instagram photo... Maybe this person just has a greater ability to smile through it all, maybe he/she is just better at holding on to the good things in life (for me, things like the birth of my nephews, my marriage, doing something I love for a living, having a crazy family that is by my side, my baby-dog-Chanel, traveling, walks on the beach, sunsets and sundowns, a glass of a good wine, the list goes on and on) and that's not motive for envy it is reason enough to share the joy and be happy for her.
This being said, I have been working hard on regaining my focus and my inspiration, to make this a better year for the Blog, myself and you guys, that read me. I'm working on improving the quality of what I post, even though that will reduce quantity but, I had to choose one or the other and I do believe that you deserve the very best, so I chose quality. And with March comes Spring, so I'm hoping this will be a season of renewal and I really hope the waiting will be worthwhile and that you enjoy it.
So, this is a small part of my life, a very private one, that I am letting you in. I really hope that you appreciate knowing me a little bit better, because this was really a hard thing for me to do and I thank you, from the bottom of my heart, for reading me without judging.
#LiveLoveLaugh